03 maio 2015

A PESTE ~ Albert Camus

A Peste, foi interpretado por vários críticos como uma alegoria ao nazismo e, por extensão, ao regime totalitário. Assim a obra pode ler lida pela ótica da resistência política e/ou da filosofia existencial.

A leitura permite uma reflexão da vida, da morte, da solidariedade, do medo, da solidão e da dor… a história se passa em Oran, uma pequena cidade da Argélia, onde os habitantes vivem para o trabalho e para o acúmulo de riquezas. De modo geral eles seguem meticulosamente a rotina, inclusive nas questões do coração. “Em Oran, como no resto do mundo, por falta de tempo ou reflexão, somos obrigados a amar sem saber.” 

A normalidade cai por terra quando ratos agonizam por toda a cidade. Logo depois, a morte alcança também os moradores. No início, há um estranhamento com o fenômeno cuja causa ou explicação é desconhecida. Mas com o avanço da doença, o que era uma simples preocupação torna-se motivo de terror. Ninguém está livre desse inimigo reconhecido como a peste bubônica.

Para Camus, o sentimento de revolta estreita os laços de fraternidade: “A solidariedade dos homens se fundamenta no movimento de revolta e esta, por sua vez, só encontra justificação nessa cumplicidade. (...) Para existir, o homem deve revoltar-se, mas sua revolta deve respeitar o limite que ela descobre em si própria e no qual os homens, ao se unirem, começam a de fato existir.” 

protagonista da obra é o médico Bernard Rieux, um homem preocupado com o próximo e que não mede esforços para conter a doença, mesmo sabendo das limitações. Ele privilegia o bem comum e a coletividade, a ponto de suportar calado o drama pessoal de se manter à distância da esposa, que, enferma – não pela peste –, é tratada em outra cidade.

À volta de Rieux forma-se um pequeno grupo de colaboradores, como Rambert, Tarrou e Grand, homens unidos pela peste e que aprenderam a compartilhar angústias, desejos e temores. É em torno de personagens como esses, que o médico conduz sua crônica, como ele mesmo define o relato da doença.

Pegadas na Areia ~ Mary Stevenson

Uma noite eu tive um sonho.  
 Sonhei que estava andando na praia com o Senhor 
.  E através do Céu, passavam cenas da minha vida. 
  Par...