O Halloween é uma festa comum nos Estados Unidos e na
Europa. Celebrada no dia 31 de Outubro, a comemoração veio dos antigos povos
Celtas. Eles realizavam a colheita nessa época do ano. Nesse mesmo período, o inverno se iniciava, ficando o
tempo mais escuro, sendo assim, associado com a morte e com a lembrança dos
mortos.
Os Celtas acreditavam que na noite do dia 31 de outubro,
quando eles terminavam a colheita com uma festa, o Samhain
(pronunciado sow-in), os espíritos
dos mortos vinham a terra assustar as pessoas, fazer travessuras. Para passar essa noite sem terror e terminar a colheita,
os Celtas faziam fogueiras, dançavam, comiam, bebiam e se fantasiavam
celebrando e “assustando os espíritos”. Nesse dia, especialmente, havia muita
comida a disposição de todos, vivos e mortos.
Com o passar do tempo, os Celtas aderiram ao
Cristianismo e foram transformando esse ritual em uma festa religiosa,
aprovados por S. Leão Magno e S. Gregório Magno. Ao invés de celebrar os espíritos e forças ocultas por medo, os Celtas passaram a celebrar os santos mortos, daí
veio o “All Hallow’s Eve” [Vigília de Todos os Santos]. Mais tarde abreviada
para Halloween.
O Halloween é parte da cultura de muitos países e não há
como fugir disso. Tenho um filho de 4 anos que gosta do evento do Halloween, então procuro fazer do que pode ser um mal, um bem. Conversamos sobre o Halloween, lemos os livros
infantis sobre a festa [leio antes para saber o que aprovo] e escolhemos as
fantasias.
As fantasias, prestam homenagens a membros da família.
Assim ele já foi fantasiado de Vaqueiro [homenagem ao Nordeste brasileiro, e a
membros da minha família], já foi de Advogado, de médico [nesse mesmo ano
vestiu uma fantasia de esqueleto, que trabalhamos como parte da Medicina/disciplina
de anatomia]. Esse ano ele vai de médico veterinário.
Nos Estados Unidos, o trick-or-treating, (doces
ou travessuras) veio da Inglaterra, quando durante o festival do Halloween, as pessoas mais pobres, pediam as famílias mais ricas, o
“pão das almas”. Em retorno elas prometiam rezar pelas almas mortas da família
que deu o pão. Aos poucos, com a melhoria de vida
das pessoas, a tradição foi substituída pelas crianças visitando a vizinhança e
pedindo doces.
Amanhã vamos para o ‘Trick or Treat” e sim rezaremos
pelas almas mortas das famílias que nos receberam em suas portas com doces e
biscoitos.
Lembremos de que: “Contos de fada não dizem às crianças
que dragões existem. Crianças já sabem que dragões existem. Contos de fada
dizem às crianças que dragões podem ser mortos.” (Gilbert Chesterton)
É o que digo para o David, você vai ver nas ruas, no dia
do Halloween, dragões, bruxas, magos, vampiros e tantos outros personagens [que
ele sabe que existe, nos livros, na imaginação e até na realidade]. E
continuo: muitos estão lá para nos lembrar que Aquele a quem amamos é maior que
todos eles. E termino repetindo as palavras de São Miguel Arcanjo: ‘Quem como
Deus? E eis a bela resposta: ‘Ninguém!!!’.
Happy Halloween!!!