‘Tempo de Matar’ foi o
primeiro livro escrito por John Grisham (rejeitado por inúmeras editoras
antes de ser publicado). A história se passa em
Clanton, Mississipi.
Tonya, uma menina negra de 10 anos foi ao armazém a pedido
de sua mãe Gwen Hayle. Na volta para casa, Tonya é raptada e violentamente
estuprada e espancada por dois brancos racistas, sendo largada no meio da
estrada à beira da morte.
Carl Lee Hayle, pai de
Tonya, ao chegar em casa se depara com Tonya, deitada no sofá, coberta com
toalhas e rodeada de parentes chorando. O rosto de Tonya estava transformado em
uma massa disforme e sangrenta.
Os estupradores são
identificados, presos, e levados ao tribunal para os procedimentos que dariam
início ao julgamento. Apesar das provas irrefutáveis, e de um dos acusados ter
admitido a participação na atrocidade, existia uma possibilidade de absolvição.
Numa cidade tradicionalista, onde a segregação racial ainda
se mostrava presente, até onde um júri seria capaz de condenar dois jovens
brancos por estuprar e brutalizar uma criança negra?
No final da audiência que
indicia Willard e Cobb, Carl Lee assassina os estupradores. A trama vai acompanhar o
resultado desse evento. Um homem negro, que assassina dois homens brancos,
acusados de estuprar e destruir a vida de sua filha.
Na defesa, encontramos
Jake Brigance que sabe das grandes chances que seu cliente tem de ser condenado
a morte. Pela promotoria temos, Rufus Buckley, que planeja fazer desse caso o trampolim para um cargo político.
Durante o julgamento, de um
lado temos os membros da Ku Klux Klan agindo abertamente, saindo em passeatas e confrontando os negros. De outro lado temos os representantes de outros estados
do país que vão à Clanton apoiar Carl Lee e pedir sua absolvição.
“A defesa mandou o Júri
imaginar que a menina tinha cabelos loiros e olhos azuis, que os dois
estupradores eram negros e que eles amarraram o pé esquerdo dela numa cerca e o
direito numa árvore. Que a violentaram repetidamente e xingaram porque ela era
branca (...) E se fosse sua filha?”
“E você como jurado? Cederia
às pressões da KKK assumindo que o estupro não justifica o assassinato de dois
homens? Ou acreditaria que um homem assombrado pelo estupro de sua filha única
de 10 anos, pode perder a sanidade?”