Um livro interessante
para quem quer saber mais sobre as condições de vida no Paquistão,
especialmente a vida das meninas que querem estudar.
Malala Yousafzai e seus
familiares sonhavam com um país educado, onde as mulheres fossem livres para
escolher e prosseguir nos estudos. Infelizmente a voz de Malala foi uma ameaça
para os grupos extremistas e ela foi por um tempo silenciada com um tiro na
cabeça, em outubro de 2012.
Narrado
em primeira pessoa pela própria Malala, o livro é dividido em cinco partes
("Antes do Talibã", "O vale da morte", "Três meninas,
três balas", "Entre a vida e a morte" e "Uma segunda
vida")
Inicialmente, vemos como a
família de Malala Yousafzai se constituiu e de como era a vida antes da chegada
do Talibã no vale do Swat.
Depois acompanhamos a chegada do
Talibã ao vale, a destruição do patrimônio histórico-cultural da região, a
resistência de Malala e seu pai à pressão sofrida para o fechamento da escola
administrada pela família, e a violência contra os moradores.
Por fim vemos a luta de Malala
para sobreviver ao atentado e o sofrimento da família.
Não é um livro difícil de ser
lido, há momentos de muita sabedoria por parte de Malala, tornando a leitura
peculiar e bem vinda.
Deixo vocês com as palavras de
Malala:
‘Que possamos pegar nossos
livros e canetas porque são as nossas armas mais poderosas.’
‘Uma criança, um professor, um
livro e uma caneta podem mudar o mundo’
Do
Paquistão, Malala elevou sua voz para as Nações Unidas em New York e se
transformou em um ícone na luta pela educação.
Quem
dá voz ao livro é Christina Lamb, jornalista que atua desde 1987 como
correspondente no
Paquistão e no Afeganistão. Ela se graduou em Oxford e
Harvard. Em seu currículo constam a publicação de cinco obras e a conquista de
diversas premiações.