16 novembro 2015

Cidade de Papel ~ John Green

Aprecio a narrativa de John Green, mas confesso que leio mais pela curiosidade dele ser um autor tão popular.

Tendo dito… vamos a história de Margo e Quentin; vizinhos desde os 2 anos de idade e cúmplices no encontro com a morte aos 9 anos.  (depois de ler você vai entender melhor…)

No mês final para a graduação do Ensino Médio, Margo pede ajuda de Q. para uma aventura. Embora relutante Q. participa e até se diverte. Mas depois da ‘noite mais divertida’ dos últimos anos, Margo desaparece de casa. Para Q. ‘Margo sempre adorou um mistério… e talvez ela gostasse tanto de mistérios que acabou por se tornar um.’

Q. e seus amigos Ben e Radar, decidem procurar Margo. Na busca, os personagens se revelam, se divertem e vamos acompanhando a trama nos perguntando: que fios invisíveis se partiram para que Margo tenha optado por sumir? Devo dizer que a leitura é imprevisível e vale o folhear de páginas que nem são tantas assim

Margo deixa uma pista do seu sumiço, o livro Folhas de Relva (Leaves of Grass), de Walt Whitman, com uma poesia marcada e intitulada: Song of Myself, que traduzido seria Canção de mim Mesmo. A poesia é linda, deixo aqui um fragmento.

Eu celebro o eu, num canto de mim mesmo, E aquilo que eu presumir também presumirás, Pois cada átomo que há em mim igualmente habita em ti.

Descanso e convido a minha alma, Deito-me e descanso tranquilamente, observando uma haste da relva de verão.

Minha língua, todo átomo do meu sangue formado deste solo, deste ar, Nascido aqui de pais nascidos aqui de pais o mesmo e seus pais também o mesmo, Eu agora com trinta e sete anos de idade, com saúde perfeita, dou início, Com a esperança de não cessar até morrer.

Crenças e escolas quedam-se dormentesRetraindo-se por hora na suficiência do que não, mas nunca esquecidas, Eu me refugio pelo bem e pelo mal, eu permito que se fale em qualquer casualidade, A natureza sem estorvo, com energia original.

Casas e cômodos cheios de perfumes, prateleiras apinhadas de perfumes, Eu mesmo respiro a fragrância, a reconheço e com ela me deleito, A essência bem poderia inebriar-me, mas não permitirei.(…)

Pegadas na Areia ~ Mary Stevenson

Uma noite eu tive um sonho.  
 Sonhei que estava andando na praia com o Senhor 
.  E através do Céu, passavam cenas da minha vida. 
  Par...