Essa é a história de um garoto chamado
Hans Thomas e de seu pai. Eles cruzam a Europa, da Noruega à Grécia, à procura de
Anita - esposa e mãe - que os deixou há oito anos.
Na viagem, Hans encontra um anão
misterioso que lhe dá uma lupa. Em uma padaria, um senhor lhe dá quatro
pãezinhos e diz que o último pão ele só deverá comer quando estiver sozinho.
Dentro do pão ele encontra um livrinho. O livro é tão pequeno, que só dá para
ser lido com a lupa.
Enquanto Hans-Thomas vai lendo a história
do livrinho o diálogo filosófico vai acontecendo. Esse livro, narra a vida de
um marinheiro que foi o único sobrevivente de um naufrágio. Sua única
companhia era um jogo de cartas de baralho e ele se sentia tão sozinho que
inventava histórias com os personagens desse baralho.
Um dia ele acordou e descobriu que as
cartas estavam vivas. E é aí que tudo começa a acontecer.
"Você já pensou que num baralho
existem muitas cartas de copas e de ouros, outras tantas de espadas e de paus,
mas que existe apenas um curinga?"
A filosofia é ensinada despretensiosamente
pelo pai, a cada parada, a cada história contada, a cada demonstração de saber.
A viagem se transforma em um enredo filosófico, que aproxima mais pai e filho. O dia do curinga é a história de muitas
viagens fantásticas que se entrelaçam numa viagem única e ainda mais fantástica
- e que só pode ser feita por um grande aventureiro: o leitor.
Outros livros que eu resenhei do Gardeer são:
O Castelo dos Pirineus (2008)
A Garota das Laranjas (2004)
Ei, tem alguém aí? (1996)
Através do Espelho (1993)
O Castelo do Príncipe Sapo (1988)