No livro Origem, quem está acostumado com o estilo de Dan
Brown vai rever Robert Langdon, professor de Iconografia da Universidade de
Havard em Barcelona.
Langdon vai encontrar Edmond Kirsch, amigo bilionário que
promete revelar respostas para as perguntas: De onde viemos? E para onde vamos? (muitos tentaram antes). Essa
revelação, segundo Kirsch vai 'acabar com as religiões e fortalecer a posição da
ciência e da inteligência artificial no mundo.'
Obviamente a escrita de Brown em quase todos os seus livros,
exceto Fortaleza Digital e Ponto de Impacto incomoda ‘verdades da
fé’ mas nada que ele mesmo possa provar. Assim de especulação em especulação,
ele consegue ambientar suas controvérsias em maravilhosos roteiros que ao
contrário das falácias anti-religião de Brown, nos fazem viajar por catedrais,
museus, conhecer obras de arte... As vezes me pergunto o que seria de Brown sem
a fixação que ele tem em criticar a Igreja católica, uma vez que os ambientes
mais interessantes de seus livros são parte da Igreja Católica. Mas é certo que se
você é fascinado por história, escultura, quadros, música... é difícil não ser
fascinado com a história da Igreja.
Caso não tenha lido, Anjos e Demônios, nessa obra Brown trabalha o conflito entre a Igreja Católica e a
Ciência. Conflito que me parece estar enraizado em Brown, porque se
aprofundarmos grandes pensadores veremos como diz Santo Agostinho, ‘Fé e ciência:
são duas asas para elevar-se à verdade’.
No livro O Código Da Vinci,
ele sugeriu que Jesus e Madalena formavam um par. Uma acusação antiga, sem
prova e que não minimiza em nada a mensagem de Jesus para o mundo.
Em Inferno, vale a lembrança do clássico da literatura: A Divina Comédia, e a belíssima descrição de lugares como Florença, Veneza e Istambul.
O sucesso de Brown é grande: aos 53 anos o autor vendeu mais
de 200 milhões de livros em 56 línguas. 3 de seus livros se transformaram em
filmes (não assisti a nenhum, li todos os livros).
O fato é que as portas para a pesquisa estão abertas e minha
esperança é que Dan Brown continue sua busca pela verdade e que um dia ele
decida ler em profundidade a filosofia e a teologia da Igreja Católica que ele
tanto ataca e encontre o que ele sonha: a integração da ciência e da fé.